“A festa continua, companheiro!”- Em Baião, Pará, sociabilidade e reciprocidade caracterizam relações de aproximação e aprendizado inseridas em eventos festivos culturais e religiosos



Clélio Palheta Ferreira [!]


Resumo

Este artigo analisa formas de sociabilidade e reciprocidade a partir de manifestações culturais, lúdicas e religiosas na sede do município de Baião, localizada à margem do rio Tocantins, na região nordeste do Pará, a 270 km de Belém, registradas etnograficamente em eventos festivos, culturais e religiosos, considerando suas produções e organizações, os processos de transmissão de saberes e os laços de solidariedade, fidelidade e gratidão que se estabelecem entre indivíduos residentes ou não no local de estudo. Nesse ambiente as redes de relações entre os agentes ocorrem em formas de sociabilidade festiva em espaços públicos e privados, desenvolvendo-se experiências de ações culturais que contribuem para as transformações da realidade social dos envolvidos nos processos em análise. O foco do estudo centra-se, desse modo, nas relações de sociabilidade e reciprocidade que interferem na vivência dos envolvidos, tendo em vista seus interesses em transformarem experiências que começam nos laços individuais e abarcam os interesses coletivos no local de estudo, especialmente aqueles voltados para a valorização do patrimônio cultural, turístico e religioso no município, considerando a importância dos eventos registrados pela pesquisa etnográfica.

Palavra-chave: Sociabilidade; Reciprocidade; Cultura.




"The party continues, companion!" - In Baião, Pará, sociability and reciprocity characterize relations of approach and learning inserted in festive cultural and religious events

Abstract

This article analyzes forms of sociability and reciprocity from cultural, religious and leisure at the seat of the municipality of Baiao, located on the Bank of the Tocantins River, in the northeastern region of Pará, 270 km from Belém, recorded ethnographically in festive events, cultural and religious, whereas their productions and organizations, the processes of transmission of knowledge and the bonds of solidarity , loyalty and gratitude that are established between individuals or at the place of study. In this environment the networks of relationships among agents occur in forms of sociability festiva in public and private spaces, developing experiences of cultural actions that contribute to the social reality of the transformations involved in the processes under review.The focus of the study focuses, therefore, sociability relations and reciprocity that interfere in the experience of those involved, in view of its interests in transforming experiences that begin in individual bonds and cover the collective interests in the place of study, especially those aimed at the promotion of cultural, tourist and religious heritage in the city, considering the importance of the events recorded by the ethnographic research.

Keywords: Sociability; Reciprocity; Culture.




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“A festa continua, companheiro!”- Em Baião, Pará, sociabilidade e reciprocidade caracterizam relações de aproximação e aprendizado inseridas em eventos festivos culturais e religiosos



Clélio Palheta Ferreira [!]

No período de julho de 2015 até o presente desenvolvo atividades de observação participante na sede do município de Baião no estado do Pará, com o objetivo de elaborar uma etnografia que não pretende se esgotar neste artigo, mas sim dar continuidade a um projeto de investigação antropológica na área urbana ou em áreas urbanas do município. No decorrer dessas atividades foi possível perceber “formas de sociabilidade local”, geradas a partir de relações com manifestações lúdicas, religiosas e culturais que ocorrem de modo espontâneo na cidade escolhida onde se nota que a sociabilidade festiva também se configura como forma de ação dos envolvidos nos processos observados, considerando “a apropriação e o uso de determinados espaços públicos transformados... em ‘espaços culturais’ onde se misturam o público e o privado, através de práticas de uso, troca, consumo e circulação de bens simbólicos”, um trabalho de base que desenvolvi para elaboração de minha dissertação de mestrado apresentado em 2012, com a importante colaboração de minha orientadora, Carmem Izabel Rodrigues, tendo publicado artigos apresentados em vários eventos acadêmicos nacionais e até internacionais. [1]

Cabe destacar nos registros etnográficos as práticas religiosas e culturais observadas no decorrer de um ano de contatos com a comunidade baionense residente no local de estudo, especialmente pelo fato dessas práticas promoverem a aproximação dos indivíduos em processos de interação, solidariedade e reciprocidade.

Nesse sentido, percebi a existência de relações entre amigos, parentes e vizinhos, moradores ou não da sede municipal, as quais lhes abrem perspectivas de redes de sociabilidade e lhes reforçam relações de identidade com seus locais de moradia e interferem significativamente em suas relações cidadãs.

A partir de contatos com os participantes e registros das manifestações religiosas e culturais, mesmo sem preocupações, neste momento, de realizar entrevistas formais, mas, através de observação participante, percebi aprioristicamente que esses conjuntos de relações se pautam em interesses de ampliação do capital social e, consequentemente, do capital cultural e simbólico dos envolvidos, por se pautarem em trocas de informações acerca das ações ou práticas culturais que incluem crianças, adolescentes e adultos, residentes ou não no local, sujeitos ativos que participam de processos envolvendo recepção e transmissão de saberes tradicionais ligados à religiosidade e à cultura popular, especialmente como se apresentam na sede municipal baionense.

Nesse processo de pesquisa, extraí informações, através de imagens que me permitissem acompanhar o curso dos acontecimentos investigados em tempo real, muitas delas, embora significativas para o prosseguimento de minhas observações, sem condições neste momento de uma apresentação formal do contexto em análise, mas, bastante interessantes do ponto de vista interpretativo. Em outras palavras, “boas para pensar” na perspectiva da antropologia urbana.

Dados gerais da pesquisa sobre o local de estudo [2]

O município de Baião localiza-se no Baixo Tocantins, estado do Pará, e originou-se de uma doação de terras feita por Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, governador e capitão general do Maranhão e Pará, donatário da capitania de Camutá, que, em 1694, cedeu ao português Antônio Baião uma grande sesmaria, sob a condição de “fundar uma vila e construir uma casa grande e decente” no local escolhido pelo beneficiário, onde hoje está situada a sede do município. Mais tarde, Manuel Carlos da Silva, diretor de índios, por ordem do capitão-general Fernando da Costa Ataíde Teive, fundou no local, em 30 de outubro de 1779, o povoado denominado Baião, muito provavelmente pela relação direta com o nome do beneficiário da sesmaria, acima referido, conforme suposições acerca de informações coletadas via internet com referências ao IBGE. Esta última data é considerada a do aniversário do município que conta assim com 237 anos de existência.

Tomando-se dados mais precisos da sua localização nos dias atuais, Baião está localizado na mesorregião do Baixo Tocantins, rio que banha e dá nome à região, e na microrregião de Cametá, podendo ser acessado pelas rodovias PA-151, BR-422 e pelo rio Tocantins. A distância da capital paraense por via terrestre situa-se em torno de 270 quilômetros e pode ser feita, através de balsas via porto Arapari, em Barcarena, ou pela rodovia conhecida como Alça Viária. O acesso às regiões Sul e Sudeste do estado do Pará pode ser feito pela rodovia PA-151 até o município de Breu Branco ou pela rodovia Transcametá (BR-422) via município de Tucuruí, estado do Pará.

Na economia do município destacam-se como principais atividades o comércio, a produção, extração e comercialização da pimenta-do-reino, cacau, mandioca, açaí, e ainda a piscicultura e o extrativismo madeireiro.

Algumas curiosidades sobre o município referem o fato deste já ter incluído em seu território as áreas dos atuais municípios paraenses de Marabá, Tucuruí e Conceição do Araguaia antes de seus processos de emancipação.

Baião foi o segundo município do estado do Pará a usufruir de água encanada, tendo seu sistema instalado logo após a implantação em Belém, capital paraense. Existem hoje referências patrimoniais a uma caixa d'água histórica localizada ao lado do mercado municipal.

Trata-se de um dos municípios paraenses com maior número de remanescentes de quilombos, referenciando-se isto em comunidades que ainda mantêm atividades ligadas às manifestações culturais dos seus antecedentes. São significativos os traços afros descendentes em seus habitantes, assim como se percebe influências étnicas indígenas e brancas.

O município é composto por diversas vilas e comunidades, destacando-se, além da sede municipal, São Francisco, Maracanã, Calados, Joana Peres, Umarizal, Livramento, entre outras. Durante o ano todo são registrados vários eventos culturais e religiosos nas comunidades e em diversas Igrejas. Nesse contexto, destacam-se como principais eventos culturais e religiosos:

■ Carnaval

■ Círio de Santo Antônio de Pádua

■ Círio de São Raimundo Nonato

■ Círio de Nossa Senhora de Nazaré

■ Festival do Camarão

■ Festival da Pimenta

■ Festival Junino

■ Louva Baião

■ Noite dos Evangélicos

■ Noite dos Católicos

■ Semana Estudantil ou Semana da Juventude

■ Festival de Verão

■ Semana da Pátria

■ Festival de Baião - Aniversário do Município

■ Festival dos Botos

■ Cavalgada

■ Atividades esportivas de Motocross.

Dessas atividades participei do carnaval, como observador e de modo mais direto, especialmente no Bloco Shemá, promovido pela Paróquia de Santo Antônio de Pádua, onde acompanhei o desfile pelas ruas da sede municipal desde a Igreja de Santa Rita, em construção, até a praça principal da cidade, ou Praça da Matriz, onde está localizada a Igreja de Santo Antônio de Pádua e o Salão Paroquial. Assisti ainda passagens de carros sons indicando manifestações carnavalescas, porém, sem grandes preocupações com arranjos carnavalescos, pois, mostravam poucas execuções de músicas realmente voltadas para o carnaval, daí eleger neste momento da pesquisa como evento carnavalesco significativo a manifestação do Bloco Shemá.

Assisti ainda o Círio de Santo Antônio de Pádua, em 2016, e o Círio de São Raimundo Nonato em 2015 e 2016, tendo acompanhado com mais detalhes as festividades em 2016. Com relação ao primeiro desses eventos, e considerando a programação cultural, acompanhei o Auto do Círio apresentado pela primeira vez em 2016. Ainda neste ano acompanhei algumas manifestações do festival junino no Ginásio Municipal de Esportes e no Salão Paroquial ligado à Igreja de Santo Antônio de Pádua e da semana estudantil ou semana da juventude em 2016. Presenciei ainda o evento conhecido como Noite dos Católicos, em 2015 e 2016, e o show vocacional que encerra as festividades do Círio de São Raimundo Nonato, em 2016, as festividades do aniversário de Baião em 2015 e o festival dos Botos em 2015, além de ter assistido as passagens pelas ruas da sede municipal da Cavalgada e das atividades ligadas ao Motocross.

A esta altura da pesquisa, registro essas atividades como as mais importantes para o assunto aqui tratado, buscando registrar fatos mais relevantes para um futuro aprofundamento da etnografia que ainda pretendo realizar na sede municipal de Baião. Nesse sentido, é importante ressalvar algumas limitações impostas por minhas possibilidades de permanência na cidade no período em que tenho procurado dividir meu tempo com uma vivência na cidade e minha permanência na capital do estado do Pará, onde tenho residência fixa, mesmo contando com referência residencial em Baião.

Procurando estabelecer uma ordem cronológica das manifestações culturais e religiosas que motivaram esta pesquisa, apresento a seguir várias imagens de registros de minhas observações para, em seguida, estabelecer relações teóricas dentro de uma perspectiva de interpretação dos eventos registrados.

Festividade de São Raimundo Nonato – 22/08 a 31/08 de cada ano

Em 22/08/2015 registrei imagens relativas ao Círio de São Raimundo Nonato, considerado o segundo padroeiro do município, evento promovido pela Paróquia de Santo Antônio de Pádua que faz parte de um conjunto de quatro círios existentes na sede do município de Baião durante o ano.

Foto 1 – registro da celebração da chegada do círio terrestre de São Raimundo Nonato – 22/08/2015

Foto 1 – registro da celebração da chegada do círio terrestre de São Raimundo Nonato – 22/08/2015

Foto 2 - Folder da festividade de São Raimundo Nonato em 2016

Foto 2 - Folder da festividade de São Raimundo Nonato em 2016

Na foto 2, nota-se o período das festas - 22 a 31 de agosto do respectivo ano -, sendo que a Transladação ocorre no dia 21 de agosto e o círio terrestre no dia 22 de agosto, prolongando-se as festividades até o dia 31 de agosto, dia consagrado ao santo.

No encerramento das festividades de São Raimundo no dia 31/08 ocorre no Salão Paroquial o show vocacional (foto 3) que reúne várias apresentações em grupos ou individuais com encenações teatrais, danças e de músicas cantadas por seguidores, especialmente os jovens, da paróquia ou que fazem parte das pastorais.

Foto 3 – Registro do show vocacional no encerramento da festividade de São Raimundo

Foto 3 – Registro do show vocacional no encerramento da festividade de São Raimundo

Além das festividades relativas ao Círio de São Raimundo, incluem-se mais o Círio de Santo Antônio de Pádua, padroeiro do município, Círio de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira dos paraenses, e o Círio de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Estes dois últimos se relacionam com as Igrejas das referidas santas, existentes na sede municipal, sendo que o Círio de Nazaré em Baião ocorre sempre no mesmo dia em que acontece o Círio de Nossa Senhora de Nazaré na capital do estado do Pará.

Festividade de Santo Antônio de Pádua

Nas sequências de imagens a seguir apresento os registros de momentos significativos da Festividade de Santo Antônio de Pádua, padroeiro do município de Baião, que ocorre todos os anos entre os dias 31 de maio e 13 de junho, notando-se a chegada do Círio Fluvial, a partir da rampa que dá acesso ao Trapiche Municipal até o interior da Igreja Matriz (Fotos 4, 5 e 6); a devoção dos fiéis ao santo padroeiro do município (Foto 7); a saída para o início da Transladação e Moto Romaria, tendo à frente o Padre Vicente de Paula Xavier Pereira, Pároco da Igreja de Santo Antônio de Pádua (Foto 8); a chegada do Círio Terrestre à matriz (Foto 9); e o folder da festividade (Foto 10) onde se percebe as datas importantes das festas e celebrações, ou seja: 31/05 – Círio Fluvial partindo da Comunidade Católica de Ituquara Baixo e chegada à Igreja Matriz; Transladação e Moto Romaria – partindo às 18 horas do dia 31/05 para a Comunidade Católica de São Sebastião – Maracanã Baixo, de onde saiu o Círio Terrestre rumo à Igreja Matriz no dia 01/06, chegando nesse destino no mesmo dia. Além dessas datas, o folder prevê ainda a Benção no dia 11/06 e o encerramento da festividade com Missa Solene no dia 13/06, dia dedicado a Santo Antônio de Pádua. Durante o período da festividade são realizados shows em palco armado na Praça da Matriz e no Salão Paroquial, onde a comunidade do município se reúne todas as noites no período de 31/05 a 13/06 de cada ano, denotando-se a caracterização de um período em que se destaca a sociabilidade festiva, objeto da pesquisa.

Fotos 4 e 5 – Chegada do Círio Fluvial de Santo Antônio de Pádua – 31/05/2016 Fotos 4 e 5 – Chegada do Círio Fluvial de Santo Antônio de Pádua – 31/05/2016

Fotos 4 e 5 – Chegada do Círio Fluvial de Santo Antônio de Pádua – 31/05/2016

Foto 6 – Chegada do Círio Fluvial (interior da Matriz)

Foto 6 – Chegada do Círio Fluvial (interior da Matriz)

Foto 7 – Devoção dos fiéis ao Padroeiro

Foto 7 – Devoção dos fiéis ao Padroeiro

 Foto 8 – Saída da Transladação

Foto 8 – Saída da Transladação

Foto 9 – Chegada do Círio Terrestre à Matriz

Foto 9 – Chegada do Círio Terrestre à Matriz

Foto 10 – Folder da Festividade de Santo Antônio de Pádua – 2016

Foto 10 – Folder da Festividade de Santo Antônio de Pádua – 2016

Auto do Círio – 2016

Em 01/06/2016, como parte da programação cultural da Festividade de Santo Antônio de Pádua, foi realizado o primeiro Auto do Círio de Baião, que contou com a coordenação e apresentação do concluinte de História do Polo Baião da UFPA Dilamilton Paiva Junior juntamente com Joana Darc Medeiros sendo o evento muito bem recebido pelo público que acompanhou e/ou participou de todos os passos do cortejo, caracterizando-se um ambiente de sociabilidade festiva e informações importantes sobre a história, a cultura e a arte no município. Na oportunidade, registrei várias imagens fotográficas ou em movimento, como dados da pesquisa de campo.

As fotos a seguir apresentam imagens desde o início do cortejo com a preparação dos brincantes do auto, onde aparece o estandarte (Foto 11), a animada brincante Dona Luna (Foto 12) e o apresentador do cortejo Dilamilton Paiva Junior (Foto 13), além de um registro panorâmico do início da apresentação (Foto 14).

Foto 11 – Estandarte do Auto

Foto 11 – Estandarte do Auto

Foto 12 – Dona Luna - Brincante

Foto 12 – Dona Luna - Brincante

Foto 13 – Dilamilton Paiva Junior

Foto 13 – Dilamilton Paiva Junior

Foto 14 – Início da apresentação do Auto do Círio por Dilamilton Paiva Junior

Foto 14 – Início da apresentação do Auto do Círio por Dilamilton Paiva Junior

Registrei ainda componentes de uma ala de crianças (Foto 15) apresentando como arranjo de cabeça uma referência a Santo Antônio de Pádua, principal motivação religiosa da festa; um grupo misto de componentes indígenas (Foto 16) numa alusão feita às origens do município quando da chegada de Antônio Baião o beneficiário da sesmaria que originou a localidade de Baião; e um grupo de brincantes dançarinas de ritmos regionais (Foto 17) onde aparecem posteres de antigas brincantes homenageadas pelo grupo numa demonstração de fidelidade e gratidão em um contexto de sociabilidade festiva.

Foto 15 e 16 – Brincantes do Auto do Círio - 2016 Foto 15 e 16 – Brincantes do Auto do Círio - 2016

Foto 15 e 16 – Brincantes do Auto do Círio - 2016

Foto 17 – Brincantes dançarinas de rítmos regionais que homenageiam em posteres antigas brincantes e participantes nas festas populares do município de Baião

Foto 17 – Brincantes dançarinas de rítmos regionais que homenageiam em posteres antigas brincantes e participantes nas festas populares do município de Baião

A seguir, apresento imagens do auto pelas ruas da sede municipal, destacando a representação de Baião como Cidade de Todos os Santos, considerando a motivação religiosa do cortejo em um ambiente de reciprocidade e fidelidade aos santos homenageados, como São Pedro, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Nazaré, Santo Antônio e São Raimundo:

Foto 18 – Imagem de São Pedro

Foto 18 – Imagem de São Pedro

Foto 19 – Imagens de Nª Sª Aparecida e Nª Sª de Nazaré

Foto 19 – Imagens de Nª Sª Aparecida e Nª Sª de Nazaré

Foto 20 – Chegada do Auto na Praça da Matriz

Foto 20 – Chegada do Auto na Praça da Matriz

Foto 21 – Imagens de Santo Antônio e São Raimundo

Foto 21 – Imagens de Santo Antônio e São Raimundo

Como referido, nas janelas do prédio histórico, importante para o patrimônio de Baião, aparecem os santos na ordem citada e o registro da chegada do auto na Praça da Matriz, destacando à direita, de costas, as representações de Santo Antônio, São Raimundo e São Pedro e nas janelas acima Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Nazaré, configurando-se a homenagem a todos os santos. É importante destacar o acompanhamento e participação interessada do público presente.

Noite dos Católicos – 2016

Foto 22 – Convite à participação na Noite dos Católicos fixado na parede frontal do Salão Paroquial

Foto 22 – Convite à participação na Noite dos Católicos fixado na parede frontal do Salão Paroquial

A Noite dos Católicos é outro evento promovido pela Paróquia de Santo Antônio de Pádua em que se observa a prática da sociabilidade festiva na sede do município, a qual, geralmente acontece no final de julho de cada ano. Em 2016, o convite à participação da comunidade católica baionense (Foto 22) resume bem o desenrolar do evento que se inicia com uma alvorada na praça da matriz e se prolonga até à noite quando o cortejo, partindo de uma Comunidade Católica, chega ao Salão Paroquial onde é feito o encerramento com uma interação festiva final. Em 2015, esse final ocorreu com um show no Parque João Câncio, no centro da sede municipal.

Além disso, constatei o cuidado dos promotores dos eventos religiosos em reunir as pessoas que participaram e contribuíram para a realização em 2016 da Festividade de São Raimundo as quais se confraternizaram em local de lazer caracterizando a sociabilidade conforme registro abaixo:

Foto 23 – Registro da confraternização das pessoas que participaram da organização da Festividade de São Raimundo em 2016

Foto 23 – Registro da confraternização das pessoas que participaram da organização da Festividade de São Raimundo em 2016

Aniversário do município de Baião – 30/10/2015

Com relação à festa de aniversário do município de Baião, foram feitas imagens das comemorações dos 236 anos de Baião, em 30/10/2015, observando-se as participações de alunos da Escola Pequeno Príncipe, entre outros (Foto 24), e do público presente à frente do palanque oficial (Foto 25) e o bolo comemorativo (Foto 26) oferecido pela Prefeitura Municipal de Baião em homenagem ao evento, denotando-se um ambiente de sociabilidade e cordialidade entre os presentes, com uma participação popular significativa (Foto 27), como apresentado a seguir:

Foto 24 – Participação da Escola Pequeno Príncipe

Foto 24 – Participação da Escola Pequeno Príncipe

Foto 25 – Palanque Oficial da Festa do Aniversário

Foto 25 – Palanque Oficial da Festa do Aniversário

Foto 26 – Bolo do aniversário de Baião

Foto 26 – Bolo do aniversário de Baião

 Foto 27 – Participação popular na festa de aniversário

Foto 27 – Participação popular na festa de aniversário

Festival dos Botos - 2015

Em, 01/11/2015 presenciei o Festival dos Botos ocorrido no Ginásio Municipal de Esportes, onde efetuei vários registros imagéticos a partir da arquibancada. Nesse festival ocorre uma disputa entre Boto Tucuxi e Boto do Canal, que apresentam um belo espetáculo cultural trabalhado com conjuntos de jovens e adultos devidamente ensaiados dentro dos respectivos enredos, denotando-se a transmissão de saberes culturais. Notei nas imagens em movimento coletadas no local das apresentações as representações da lenda amazônica do boto que seduz a cunhã, devidamente preparada por conjuntos de dançarinos de ritmos regionais, especialmente o carimbó, as referências às danças das águas, os momentos de pajelança, as referências às origens, as referências religiosas, e uma característica marcante da cultura baionense que é a festa do mastro que geralmente encerra as apresentações compondo um conjunto formado por uma bandeira de referência, pelo mastro reverenciado pelos brincantes e por uma banda de música que executa músicas carnavalescas. Nos encerramentos das apresentações de cada enredo todos os brincantes que participaram dos cortejos juntam-se e realizam apoteoses. Ao final do festival, o grande vencedor de 2015 foi o Boto do Canal. As imagens dessas apresentações foram feitas através de filmes e, por isso, não estão aqui apresentadas. Disponibilizarei oportunamente em pequenas montagens.

Bloco Shemá - 05/02/2016

Segundo informações coletadas via internet, Shema ou Shemá significa “ouvir, reconhecer e respeitar o eterno como Deus de todos”. O Bloco Shemá do qual participei no início do carnaval de 2016 em Baião e que foi promovido pela Paróquia de Santo Antônia de Pádua tem como significado realçar que a expressão refere-se à presença de Deus, através do Senhor Jesus Cristo, também em contextos festivos, uma prática que ocorre há alguns anos promovida pela própria Igreja Católica no sentido de alertar aos seus fiéis sobre os perigos de um afastamento de seus preceitos de evangelização. Não cabe aqui questionar tal proposta, pois, não é o objetivo desta pesquisa. Cabe isso sim observar através de participação direta junto à comunidade de seguidores da referida religião a proposta constante do contexto de sociabilidade festiva, bem como a aplicação dos conceitos simmelianos de fidelidade e gratidão e de reciprocidade contida nos atos de participação dos envolvidos nos contextos festivos aqui tratados. Em seguida, apresento imagens feitas no decorrer da participação no bloco, com o devido respeito, para, posteriormente, inserí-las na interpretação teórica, real objeto da pesquisa.

Foto 28 – Frente da camisa do Bloco Shemá

Foto 28 – Frente da camisa do Bloco Shemá

 Foto 29 – Costa da camisa do Bloco Shemá

Foto 29 – Costa da camisa do Bloco Shemá

Foto 30 – Preparação dos brincantes do Bloco Shemá no início do cortejo

Foto 30 – Preparação dos brincantes do Bloco Shemá no início do cortejo

Nas imagens acima destaco dois aspectos muito importantes do evento: em primeiro lugar, a camiseta do bloco Shemá (Fotos 28 e 29), onde se nota na parte da frente a expressão “Alegrai-vos sempre no Senhor” e na parte de trás “Escuta povo de Deus, o meu carnaval é com Cristo, e o seu?”. Em segundo lugar, o registro do início do cortejo à frente da Igreja de Santa Rita (Foto 30), quando o Padre Vicente de Paula Xavier Pereira, Pároco da Igreja de Santo Antônio de Pádua, faz uma oração juntamente com os brincantes do bloco, alertando-os da proposta do cortejo que é a alegria típica do período carnavalesco, porém, sem perder a referência religiosa contida nessa proposta. Padre Vicente, é uma referência de informação e um participante ativo nos contextos festivos religiosos aqui apresentados e será um dos interlocutores a serem abordados no decorrer da pesquisa.

Mais alguns registros feitos no cortejo aqui referido são apresentados na sequência: 1) chegada do bloco Shemá na Praça da Matriz (Foto 31); 2) chegada ao Salão Paroquial localizado na referida praça (Foto 32); 3) interior do Salão Paroquial (Foto 33), com a significativa participação dos brincantes do bloco, onde foi realizada a festa final com a apresentação de músicas carnavalescas, especialmente aquelas compostas a partir de temas religiosos.

Foto 31 Foto 32 Foto 33 Foto 31 Foto 32 Foto 33 Foto 31 Foto 32 Foto 33

Foto 31 Foto 32 Foto 33

Considerações (teóricas) finais:

O material acima exposto acerca de uma etnografia ainda em elaboração na sede do município de Baião sugere caminhos para uma interpretação antropológica dos eventos culturais, lúdicos e religiosos, especialmente no que tange às aplicações dos conceitos de sociabilidade e reciprocidade, considerando o ambiente relacional entre indivíduos e suas respectivas comunidades. Especificamente, sugere análise das relações entre os conceitos de sociabilidade como forma “lúdica” de sociação em Simmel (1983) e reciprocidade em Mauss (2003) quando se observa que as várias manifestações culturais festivas aqui relatadas envolve a participação de moradores do local de estudo e ainda o envolvimento de parentes, vizinhos, conhecidos e amigos, oriundos de locais situados nos vários bairros que compõem a cidade pesquisada e até participantes vindos de outros locais, do interior do município ou até de outros municípios.

Por outro lado, observa-se um local onde moradores e visitantes conversam e trocam informações em interação, diariamente, uns com os outros, especialmente em dias de eventos festivos. Incluem-se aí relações de bem ou conflituosas entre os participantes das manifestações. Nota-se também no contexto em análise o enfrentamento de vários tipos de problemas: perigos da violência urbana como em qualquer cidade; desigualdade social; falta de recursos para a promoção de atividades culturais; etc., tal como ocorre nos ambientes urbanos de modo geral.

Em todos os eventos considerados foi notada a existência de redes sociabilidade inseridas nas manifestações e a ampliação de relações de interação que elas proporcionam aos participantes dos eventos aqui tratados. Nesse sentido, percebe-se que a sociabilidade tal como constatada no ambiente festivo estudado envolve formas lúdicas de sociação e permite o estabelecimento de vínculos de reciprocidade, fidelidade e gratidão, ao enfatizarem comprometimentos que, além dos aspectos relacionais, sociais ou religiosos, compreendem traços de ludicidade e solidariedade que reforçam os envolvimentos nessas manifestações culturais e religiosas.

Em todos os eventos registrados foram constatadas várias formas de participação nas festas realizadas, onde se confirma a importância que estas assumem nos relacionamentos entre os indivíduos e suas comunidades. Por exemplo, nos eventos religiosos ou ligados de alguma forma à Paróquia de Santo Antônio de Pádua os moradores são convidados a participarem, especialmente quando assumem as formas de procissões, ou quando ocorrem em dias mais específicos como a que ocorre na Noite dos Católicos, no Bloco Shemá, no Auto do Círio ou no aniversário de Baião. Importante perceber que todos os convidados são muito bem recebidos o que caracterizam relações de convivência bastante agradável.

Em todos os eventos registrados são utilizados espaços públicos e privados, e, podem envolver inclusive as residências dos participantes nos atos de preparação para que tais eventos aconteçam. Os aspectos religiosos, culturais e festivos demonstram a importância das festas como reforço das relações de interação, vizinhança e amizade entre os envolvidos e ampliam seus horizontes de cidadania, sendo isto uma característica marcante da comunidade baionense de modo geral. Cabe notar que os participantes desses processos de interação têm oportunidades de estabelecerem e ampliarem suas relações pessoais com “outros” indivíduos, consolidando-se, através de laços relacionais de sociabilidade e comprometimentos, suas identidades com a cidade onde residem. Constatam-se então relações lúdicas, afetivas, religiosas e associativas que interferem nas ações que se estabelecem a partir delas.

De modo geral, enfatiza-se no contexto em análise um ambiente de colaboração entre pessoas que ajudam, através de coletas ou da realização de pequenos eventos como bingos e rifas para a obtenção de recursos necessários à compra de materiais utilizados na realização da festa. Esse senso de colaboração se caracteriza pela ajuda e divisão de atividades com os vizinhos, parentes e amigos, pois os trabalhos envolvem uma série de atividades, mesmo com todas as dificuldades que isso acarreta no decorrer do tempo. Considere-se aqui um ambiente de sociabilidade festiva, solidariedade e reciprocidade que promove a aproximação das pessoas o que lhes permite uma convivência bastante agradável, embora não totalmente isenta de conflitos.

Tais relações, entre devotos, moradores, amigos, parentes e vizinhos, abrem perspectivas de redes de sociabilidade, reforçam suas identidades e suas relações cidadãs, especialmente em seus locais de residência. Esses fatos abrem aos participantes dos processos aqui referidos as possibilidades de troca ou reciprocidade (MAUSS, 2003) e ampliam suas redes de sociabilidade (SIMMEL, 1983), destacando-se a sociabilidade festiva (RODRIGUES, 2008; e COSTA, 2009), onde se destacam também os laços de fidelidade e gratidão (SIMMEL, 2004).

É notório, no decorrer dos contatos com os participantes das manifestações culturais registradas, que esse conjunto de relações se pauta em interesses de ampliação do capital social, e, consequentemente, do capital cultural e simbólico dos envolvidos, pois, incluem trocas de informações, através de ações culturais que assumem importância especial por incluírem crianças e adolescentes além de adultos, residentes ou não no local, sujeitos ativos que participam dos processos de recepção e transmissão de saberes tradicionais tão significativos no ambiente festivo ligado às manifestações culturais, lúdicas e religiosas, que envolvem, como característica, a rua, o bairro ou a cidade (BOURDIEU, 2010).

Interessante no contexto em análise os caminhos sugeridos por Simmel (1983) quando define a sociabilidade como a “forma lúdica de sociação”. Segundo ele, a “sociação” se configura como um processo composto de vários microprocessos em um contexto micro de relações entre indivíduos interessados em permanecerem e ampliarem relações desse tipo. A sociabilidade, daí decorrente, caracteriza-se por formas de interação, onde os envolvidos demonstram “gostar de estar juntos”, identificam-se, interferem e marcam suas presenças nos eventos que, ao se multiplicarem, compõem um todo estruturado maior de relações ocorridas em seus locais de pertencimento.

Assim, ocorrem formas de interação ou sociabilidade que implicam em mudanças nas trajetórias de vida de cada indivíduo, sendo de extrema importância a solidariedade e o respeito mútuo nas relações com os “outros” para que ocorram ações capazes de gerar, no tempo e no espaço, as interveniências dos indivíduos em suas vidas.

É relevante considerar a importância da afetividade nos processos de interação registrados, especialmente, ao perceber as construções associativas e dissociativas daí decorrentes. Além disso, estas proposições relacionam-se com os conceitos simmelianos de “fidelidade”, “gratidão” e “reciprocidade”, necessariamente presentes nas redes de sociabilidade, em constantes processos de mudança, nas manifestações lúdicas e religiosas em análise. Refere-se isto a locais onde eventos culturais convivem com os religiosos, sendo estes últimos bastante respeitados pelos primeiros e que, por isso mesmo, podem ser reciprocamente respeitados por estes. Por outro lado, percebe-se que as relações ligadas às festas aqui registradas não se limitam apenas a seus aspectos lúdicos, mas implicam em formas de ações individuais e coletivas, principalmente quando envolvem os participantes com várias características: fiéis seguidores religiosos, parentes, vizinhos e amigos em práticas de ações culturais que lhes ocasionam transformações em suas próprias realidades cidadãs.

Isto remete a análise para os destaques dados por Mauss (2003) no “ensaio sobre a dádiva” quando ele busca o entendimento da constituição da vida social através de relações de trocas e reciprocidades em processos constantes de dádivas e retribuições, onde os atos de “dar” e de “retribuir” correspondem a obrigações que interferem nas instituições componentes do todo social. No contexto social estudado, a “dádiva” se caracteriza pelo caráter obrigatório de “dar e receber” em trocas que se estabelecem entre indivíduos ou grupos sociais. Esse caráter pode incluir presentes, mas também se configura em formas de visitas, festas, comunhões, esmolas, heranças, tributos, inúmeras “prestações” que podem ser “totais” ou até “agonísticas”. Conforme Mauss: “as trocas e os contratos se fazem sob a forma de presentes, em teoria, voluntários, na verdade, obrigatoriamente dados e retribuídos” (MAUSS, 2003, p. 187).

Destaca ele que a análise de qualquer espaço de relações sociais deve considerar a existência de “um enorme conjunto de fatos” que na verdade são “fatos muito complexos”, onde, “tudo se mistura, tudo o que constitui a vida propriamente social”. Trata-se aqui de sua grande contribuição à interpretação sociológica quando ele encontra o fio condutor de sua análise dos “fenômenos sociais totais” na interpretação da sociedade por exprimirem, ao mesmo tempo, instituições “religiosas, jurídicas e morais” (idem, p. 187).

Parece-me que essa proposta de interpretação mostra-se de forma clara nas manifestações culturais e nas relações lúdicas e religiosas identificadas pela pesquisa de campo na sede municipal de Baião, especialmente quando o autor destaca que as trocas não se referem apenas a “bens, riquezas ou produtos [...] entre os indivíduos”, mesmo porque “não são indivíduos, são coletividades que se obrigam mutuamente, trocam e contratam”, pois se trata de relações entre “pessoas morais [...] que se enfrentam e se opõem” de diversas formas. Além disso, como essas trocas e reciprocidades não compreendem apenas bens materiais, mas são “antes de tudo amabilidades [...], ritos [...], danças, festas, feiras [...]”, delas resulta um vínculo bem mais geral e permanente (idem, p. 190-191). Trata-se na verdade de “sistemas sociais inteiros” que ele descreveu e analisou com muita propriedade e que me sugerem um entendimento de modo mais claro do meu objeto de estudo centrado nas relações de sociabilidade, reciprocidade, fidelidade e gratidão na cidade de Baião, especialmente quando a atenção se pauta na análise dos eventos religiosos aqui referidos.

Enfim, as contribuições de Mauss sobre os conceitos de troca e reciprocidade assumem grande importância teórica para a interpretação antropológica da realidade social em estudo, uma vez que suas propostas permitem o diálogo com os conceitos de capital social, cultural e simbólico propostos por Bourdieu (2010) e de sociabilidade, reciprocidade, fidelidade e gratidão propostos por Simmel (1983 e 2004), além das diversas relações e interrelações que podem ser registradas futuramente considerando a as possibilidades de ampliação do horizonte desta pesquisa.

Desse modo, a etnografia proposta deve ser direcionada para a incorporação de formas de sociabilidade e de reciprocidade, assim como de relações de fidelidade e gratidão no conteúdo das trocas que são realizadas pelos envolvidos nas manifestações culturais aqui referidas o que interfere em suas histórias de vida. Eis aqui minha motivação para continuar e ampliar a pesquisa acerca dos eventos festivos, culturais, lúdicos e religiosos no município de Baião, estado do Pará. Diante disso, impõe-se uma expressão de auto incentivo para a continuidade da pesquisa, afinal: “a festa continua companheiro”!...

Referências

BOURDIEU, Pierre. Escritos de Educação. Maria Alice Nogueira e Afrânio Catani (organizadores). Petrópolis, Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2010.

CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. Introdução a uma leitura de Mauss. In: Marcel Mauss: antropologia. Roberto Cardoso de Oliveira [Org.]. São Paulo: Ática, 1979).

COSTA, Antonio Maurício. Lazer e Sociabilidade: usos e sentidos. Belém: Açaí, 2009.

IBGE, 2016. Dados gerais sobre o município de Baião, extraídos via internet.

MALDONADO, Simone Carneiro. Georg Simmel: Uma Apresentação. In: Política e trabalho 12 – setembro/1995.

MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a dádiva. In: Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

PALHETA FERREIRA, Clélio. Sociabilidade festiva e espaço público: O caso da Passagem Pedreirinha do Guamá em Belém-Pará. Faculdade de Ciências Sociais/Antropologia/UFPA. Trabalho de Conclusão do Curso de Ciências Sociais apresentado à FCS/UFPA, 2008.

_______________. Sociabilidade e Espaço Público: experiências de ações culturais educativas na Passagem Pedreirinha do Guamá – Belém-Pará. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Pará. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Belém: 2012.

RODRIGUES, C. I. & PALHETA FERREIRA, Clélio. Sociabilidade festiva e espaço público em Belém-Pará. Trabalho apresentado na 26ª RBA. Porto Seguro, Bahia, Brasil, 2008.

_______________. Sociabilidade festiva e educação cultural em espaço público em Belém-Pará. Trabalho apresentado na 27ª RBA. Belém, Pará, Brasil, 2010.

SIMMEL, Georg. Sociologia. Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo: Ática, 1983.

_______________. Fidelidade e Gratidão e Outros Textos. Lisboa: Relógio D’água Editores, 2004.





[1] Ver RODRIGUES, Carmem Izabel & PALHETA FERREIRA, Clélio. Sociabilidade festiva e espaço público em Belém-Pará. Trabalho apresentado na 26ª. Reunião Brasileira de Antropologia, Porto Seguro, Bahia, Brasil, 2008.

[2] Informações básicas extraídas de IBGE, 2016. Dados gerais sobre o município de Baião, extraídos via internet.